> cravoRosa: agosto 2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Bluetooth (La Chanson du Dimanche S01E02)

Sabem aqueles dias que andamos a navegar sem nada em especial para procurar e tropeçamos em algo que nos faz parar?? Este é um par divertido (La chanson du Dimanche) que se junta para umas paródias e assim, sem mais nem menos, recebem mais de 500 mil visitas!!! A letra parodia o quotidiano francês e a actualidade. Para quem gosta de ouvir um pouco de francês, façam a tradução da letra e ainda se vão rir um bom bocado...Ahahhahahhaa...e há mais de onde este veio. Vai ficar nos favoritos.. for shure.

PARIS, Texas by Ry Cooder

A madrugada entra pelo espaço e os sons tranquilizam-se no som da guitarra, fica apenas a vibração da brisa que entra pela janela. Oiço a música na contemplação de imagens que construo e a calma instala-se na magia da noite. Muitas músicas nos marcam, umas pelas recordações que nos trazem, outras pelas alegrias que se misturaram connosco, outras que nos fizeram dançar, outras pelas lágrimas que vertemos, outras pelas delícias dos envolvimentos, outras pelos sons do momento e tantas outras que não cabem nas palavras, no verbo ou na descrição impotente da metamorfose. E é estranho como cada um de nós faz a sua própria selecção, não gostamos das mesmas músicas, não gostamos das mesmas vozes, à excepção das que ficam intemporais, e ver a playlist do outro é sempre uma surpresa.Seja como fôr... música é para ouvir/sentir.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

La Sociedad es Asi...


Guernica 3D + Gioconda em Paint

Das muitas e variadas visitas a Espanha (já lhe perdi a conta), há uma visita que se tornou um hábito: visitar o Museu Rainha Sofia. Foi lá que encontrei pela primeira vez o Guernica, foi lá que as palavras me falharam por não conseguir traduzir o espanto perante a dimensão física (já não falo da dimensão histórica) de tal quadro. Impressiona, sem dúvida. Hbituados que estamos a ver nos nossos livros de História o rectângulo a preto e branco de um Guarnicazinho, não esperamos o confronto de uma parede descomunal, cheia desta preciosidade. Não me canso de o visitar, cada ida parece um refresh à minha memória e a descoberta do que não estava na gravura imprensa.

Curiosamente, o sentido inverso, sentimo-lo no Museu do Louvre quando ''visitamos'' La Geconde. Chegamos com a sensação de encontrar a grandiosidade do quadro de Leonardo Da Vinci e confrontamo-nos com um retrato de bilhete de identidade, visto a metros de distâncio, através de vidros reforçados e à prova de tudo, até mesmo do ma-olhado. Mal se consegue ver a dita cuja e a fila para a ver é tanta que mal temos tempo de parar e dispender uns minutos para ver a donna pois os empurrões dos que estão atrás querem vê-la tanto quanto nós a queremos ver. Assim, há artistas que nos vão ensinando como fazer a nossa própria Gioconda para «botá-la» toda pintadinha em cima da lareira.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Viajar?Para viajar basta existir.

Viajar? Para viajar basta existir.
Vou de dia para dia, como de estação para estação,
no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças,
sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como, afinal, as paisagens são.

Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo?Só a fraqueza extrema da
imaginação justifica

que se tenha que deslocar para sentir.

"Qualquer estrada, esta mesma estrada de Entepfuhl, te levará até ao fim do mundo".
Mas o fim do mundo, desde que o mundo se consumou dando-lhe a volta, é o
mesmo Entepfuhl de onde se partiu. Na realidade, o fim do mundo, como o
principio, é o nosso conceito do mundo.
É em nós que as paisagens tem paisagem. Por isso, se as imagino, as crio;
se as crio, são; se são, vejo-as como ás outras. Para que viajar? Em Madrid,
em Berlim, na Pérsia, na China, nos Pólos ambos, onde estaria eu senão em
mim mesmo, e no tipo e gênero das minhas sensações?

A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não
é o que vemos, senão o que somos.

Fernando Pessoa


Rosas - Amaia y Leire a dúo

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Rosas!!! Como eu amei esta música no Verão de 2005!!!

O grupo chama-se La Oreja de Van Gogh, é espanhol e foi um sucesso esta canção, além de muitas outras que Amadia (a cantora loura) lançou com a sua voz incomparável. Leire canta bem, mas ouvir a versão de uma e outra não é comparável. Uma tem uma voz que caracterizou muitos solos - Leire é cristalina e canta de outra forma, de qualquer forma, continuo a gostar da canção Rosas.

VIOLETA PARRA - Gracias a la vida ( Thanks to life) ORIGINAL version

Há dias em que certas músicas não nos saem da cabeça.

Sol de Verão... pingos de Outono


Findas as férias, revolvemos nas imagens de retina a tranquilidade das águas de Verão, tentamos reter na pele o calor que nos arrepia, conservamos os sons dos silêncios do burburinho de Agosto e voltamos refeitos após o descanso merecido. Não sei se diga se fica alguma nostalgia, mas a sensação de que o ano vai recomeçar instala-se e transita o respeito pelos anos que passam. Agradeço cada Verão que vivo, agradeço a este nosso sol magnífico que preenche as nossas costas, o nosso interior lusitano, as nossas montanhas, as nossas terras, as nossas gentes. Aprecio este nosso Portugal que me entra pelo coração, pela alma e me dá a sensação de voltar ao «lar». Tenho sorte de ter aqui nascido e vivido. Ainda somos um país à beira mar tranquilo e que sabe receber as gentes do Mundo como em nenhum outro lugar. Na génese das suas gentes há o olhar simples de quem labuta e faz deste cantinho um espaço apetecível. Amei cada lugar de Verão. Estou à espera do recomeço de uma vida que segue devagar, sem pressas, sem limites. Obrigada Verão, fico à tua espera, depois dos pingos de chuva que irão chegar.

domingo, 15 de agosto de 2010

Casórios e relambórios

foto by cravoRosa

A sério, sei que vou andar por aí e o que mais vou ouvir perto dos melhores restaurantes por volta da hora do jantar (sim, porque já quase ninguém casa de manhã), são as buzinadelas dos cortejos dos casórios, quiça este ano com vuvuzelas à mistura, entrada dos convivas, salas fechadas aos clientes 'habitués', bubas pela estrada fora, criançada a dormir aos colos das mamãs, música de bailarico e karaoke à mistura e por aí adiante.

ná-ná-ná.Por isso, casei em Outubro, com uma lindíssima viagem ao México, onde o bondoso furacão Wilma me fez estar encerrada 3 dias inteiros num apartamento a gozar a lua-de-mel. Só saíamos mesmo para ir buscar o kit alimentar de sobrevivência, para não esmifrarmos de fomica. Até comprámos uma T-shirt e tudo. Depois disto, pensamos que ultrapassamos tudo.


E VIVA OS NOIVOS!!!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Obrigada-obrigada-obrigada-é meu-é meu-é meu....

era mesmo isto!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
e é pequenino-pequenino-pequenino

A-N-I-V-E-R-S-Á-R-I-O


Soneto de aniversário

Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.


domingo, 8 de agosto de 2010

O tremor de terra não era hoje????

Não era hoje que havia um terramoto??
Vejo pouco televisão e como as pessoas sabem disso vão-me dando as notícias em primeira instância depois de terem sido alimentadas por um dos nossos famosos canais. A minha principal informadora é a minha mãe e eis senão quando ela me perguntava insistentemente onde estaria em 8 de Agosto, não porque fosse uma data especial, mas porque tinha algo que a inquietava. Insisti no que se passava na sua delicada e sensível mente. «Ai, filha, vai haver um tremor de terra no dia 8 de Agosto», o quê??? mas assim, com data marcada??? Estava renitente na crença de tal informação, mas como dizem os nossos amigos espanhóis, «No lo credo en las brujas, pero que las hay, hay!», fui-me prevenindo contra o dito cujo. Ainda estou à espera, e pelo vistos, como não tem hora marcada, o melhor é fazer-me à vida, ou como quem diz, vou dar um mergulho na piscina, pois as férias são curtas (sempre) e o sol vai-se embora. Imagino a madrecita à espera do tal tremor que não chega. Pelo sim, pelo não, vou com cautelas e caldos de galinha, não vá a vidente ter razão e eu ainda me fico na piscina de 30 cm. Beijinhos e abraços. Espero encontrar tudo no sítio no meu regresso.

Os filmes de cowboys são sempre ao Domingo à tarde